livros

Cai a tarde, ou chega a noite

Encostados se aconchegam

Falam palavras bonitas e azedas

Ficam de pé ou deitados

Com os números e letras,  misturados

Os poemas se fundem e confundem

As prosas se emproam

Ficam amarelados brancos ou caiados

São os livros da minha estante

Que gritam palavras em surdina

Fechados ou em descampados

Esperando que alguém os oiça

Faça sentido

Pegue em um deles, mergulhe de cabeça

Ou então por opção

Saborear cada bocado

Para beber paz e não ficar cansado…

Albertina Correia