E quem somos pergunta a árvore com sua altivez?
Tu és quem te fizeste , És universo, seguras a terra, detens os mares, exalas oxigénio, e dás cor ao teu mundo, este que nos emprestas enquanto cá vamos andando..
Nada pedes, nada tens e tudo dás.
Mas nós, que nada trouxemos e nada fizemos, vamos aos pouco dando cabo de cada pedacinho de ti, de vós, e de todos nós.
Mas como sábia que és, transmites vibrações, energia, dás até mais não poderes, e nós que fazemos?
Rimos, queimamos-te, não te levamos a serio, por pensarmos que tudo podemos, e vamos podendo, até que a ultima de ti acabe.
Ficará então o vazio, vácuo forrado de ondas tecnológicas, criadas a seu tempo durante tanto tempo, substituindo-te assim quase como num ápice.
Chorosos nada poderemos mais fazer, porque o que te alimentava deixou de haver.
Estás caída, confusa, sem saberes se é primavera ou verão, ou se estamos na ultima estação.
Por isso mesmo, te revoltas, e então de cansada , deixas que os mares te atravessem, que as terras se derramem sobre nós, que a tua cor se apague
e o teu universo a nós emprestado, já ,mais não possa ser usado…
Esperemos por outra dimensão, esta realidade será ou não, fica o mistério, do teu mundo e “nosso” universo… que creio está sempre certo…
Albertina Correia