Estavam parados
Uns de pé, outros sentados!!!
Riem porque não sabem chorar
E assim ficam apáticos a olhar!!!
Põem-se de pé
Empunham as amas
Não sabem bem porquê
Mas o fazem repetidamente
Como forma de aliviar cada mente!!!
Mas o que lhes passará pela cabeça
Quando incessantemente
Matam quase toda a gente?
E gargalham sobre o vermelho
Escondem-se sobre o preto
Não têm pena nem perdão
E com raiva vão matando
Enquanto outros vão esperando!!!
Infiltram-se até nos esgotos
Rastejam como ratos mortos
Fedem, enraivecem-se, e nem estremecem!!!
Viram as vidas de pernas para o ar
E ninguém os pode parar
Contaminam assim o universo
Esse, que faz sempre tudo certo…
Já não nos revemos em ninguém
Andamos ou vagueamos
E quase sempre desconfiamos…
São essas mentes mortas
Por se pensarem imortais
Querem-nos a nós mais iguais!!!
Sem pranto nem lamento
Olham sem ver
Atiram sem pensar
E festejam cada gota vermelha
Como se de um elixir se tratasse
Para viverem a vida inteira!!!
E nós,os outros, que pensamos ser diferentes
Os olhamos, recriminamos não entendemos
Buscando mil explicações
Onde a razão já não mora,
E vazios vamos para casa
Tentar sossegar a mente
Pensando que amanhã poderá ser diferente!!!
É a vontade dos loucos
Contra a vontade de poucos
Dos que pensam com a essência
Enfatizando a razão
Dos que pensam que a têm
Mas não a têm , não…
Mas isso sou eu a escrever
Porque a falar ninguém vai entender
Penso, observo, reflicto
E nem sequer sai um grito!!!
Não me vou preocupar
Porque nada posso fazer
Nesta vida do viver…
Há muito que escrevo meu universo
E sei que ele está sempre certo
Talvez seja esta a solução
Para acabar de uma vez
Com tamanha aberração…
E, sozinha penso
Que o mundo é belo
Vida me inebria
A musica me acalma
A pintura me retrata
A chuva me molha, lava e leva
Quiçá para outros mundos
Liberta de arruaceiros e vagabundos!!!!
Vou adormecer
Pensar a apenas que estou a sonhar
Um sonho mau e de verdade
Que dá cabo da minha sanidade
Mas não me rendo
Serei sempre Eu
Seja aqui ou no dito “céu”!!!!
Albertina Correia
Uma “história sem fim,
Ou um fim sem história