Longe vão os anos dourados que de ouro, nada tinham, apenas tinham um banho dourado, mal- amanhado, para nos intoxicar e baralhar…
Mas, desengane-se quem pensava que os enganados, eram apenas o povo, nós, os que pagamos as facturas sem termos feito as encomendas, não, fomos todos enganados (ou deixamo-nos enganar) de uma ou de outra forma, o caminho foi idêntico, já as consequências, essas, são apenas para quem teve acesso ao banho dourado e não aos potes de ouro, o mesmo que dizer que uns, foram mais enganados que outros…
Foram anos de tanta “abundância”, como de falso era todo aquele assunto, contudo, deu para anestesiar mais de meio mundo, ao ponto de deixar os incautos com uma “bebedeira crónica” que teve como consequência, a falta de memória selectiva, até aos dias de hoje…
O “elefante branco” passeava elegantemente por Portugal, qual formiga invisível e inofensiva, até que, não deu mais para ignorar o “animal”…
Como que, de um momento para outro, acordamos do “coma” profundo, olhamos de facto para o que nos fizeram, permitimos que nos fizessem ou, nem uma coisa nem outra, senão o ciclo da vida que se volta a cumprir…
Este ciclo que vai e volta, que nada se aprende porque as pessoas, nunca são as mesmas e por isso mesmo, julgam poder fazer sempre diferente…
Estamos assim, neste jardim, onde elefantes brancos tropeçam em nós e nós, nada podemos fazer, já que somos insignificantes formigas que trabalham arduamente, enquanto as cigarras, nos cantam todos os dias a canção do, tró ló ró, ló ró, ló ró…
EU E O MUNDO