Olho aquela janela

Que não sendo a mais bela

Tem em si um  silêncio avassalador

Nao existe vida nela

E nela já não deve existir amor…

As paredes  gastas e cansadas

Encobrem vidas presentes e passadas

Que não sabendo delas

Elas, ali se abrigam num mistério

Sem barulho, sem medo e em segredo…

Por vezes apetece trepar  a parede

Olhar dentro daquele silêncio

Desarrumar ou arrumar o que tem dentro…

E assim passou mais um dia

E a janela singela

Ali ficou parada no mesmo lugar

Idiferente a cada passar…

EU E O MUNDO