Ela descia a escada faustosa, agora vazia
Olhava para perto e para longe, mas não o via
Pausadamente, desceu degrau a degrau como toda a gente
Livre, leve, solta, feliz, risonha, mas um pouco tristonha…
Esperava por ele, e ele tardada
Seguiu em frente pela calçada atribulada
Ao encontro de mais paz, aquela de que tanto desejava…
Havia muita luz e luar
E doces aromas pelo ar
Era dia de namorados, mas ela não se importava
Caminhava vaidosa e enamorada
Não de um amor trivial
Mas de um amor incondicional que a acompanhava…
E ria, sorria e nada dizia
A leve brisa abraçava-a, num abraço que não terminava…
Como que de repente, alguém apareceu do nada
Pegou-a no colo, cantou-lhe ao ouvido a canção que tanto desejava
Agora não faltava nada
Estava na hora certa, no lugar correcto
Nos braços de um amor secreto
Dançaram, riram, cantaram
Por fim levantaram voo, para um lugar imaginário
Nem eles sabiam onde era em concreto
Mas estavam juntos, relembrando passados recentes
Amores presentes
Canções de embalar, mãos entrelaçadas, olhares penetrantes
E paz, muita paz, porque o amor não é, nem nunca será, um tanto faz!
OS ANOS LOUCOS
14/02/2015