Ia a passar e encontrei esta “mulher”, deitada naquele lugar!
Um lugar frio solitário e sozinha estava debruçada sobre uma cama malfadada!
Que lhe teria acontecido para que fosse deixada aos olhares de quem passa?
Este tempo, tem outro tempo dentro de si mesmo que consome, corrói e por vezes nem dói …
Aquele tempo que meditamos sobre o muito que carregamos!
E, não tem necessariamente que ser mau
Mas, também não tem que ser um tanto faz como tanto fez!
Que lhe teria acontecido para estar naquele lugar perdido?
Será ela própria, que cansada de si mesma se deitou naquela berma?
Será que “ela” havia partido e aquela “mulher” era a única lembrança que restava para quem ali ficava?
Seja como for, nada será como antes
“Ela” está exposta para quem a quiser contemplar, naquele solitário lugar…
Livre como o vento
Vento que tudo leva e tudo traz, como qualquer tanto faz!
Assim ficou descartada naquela estrada
A casa ficou arrumada quiçá agora mais asseada
Mas não deixa de ser trágico
Passar e contemplar uma “mulher” que eventualmente já teve um altar!
Coisas destes tempos, que carregamos dentro
Quando saturado é preciso libertar o que dentro nos esteja a saturar!
OS ANOS LOUCOS