Fui de novo, mas fui mesmo, sem medos e sem segredos!
Todos vamos um dia apanhar esse grinavirus, cedo ou tarde ninguém escapará, então, qual a razão para ficar por cá?
Uns vão ficar mal, outros bem e outros mais ou menos, a isso chama-se viver a vida, essa que agora nos tocou de forma abrupta, avassaladora, intensa, desmotivadora!..
Mas, não tem que ser assim, afinal não vamos ficar eternamente neste jardim…
A motivação mora em nós, o que nos rodeia são assuntos que não dominamos, por isso pergunto, porque paramos?
Eu fui ,mas fui mesmo, sem medo, regressei, trouxe na “mala” o dito cujo, já recuperei!
Vi o que tinha para ver, vivi o que tinha para viver, porque do amanhã jamais ninguém saberá!…
A vida é aqui e agora, se não a viver, outros a viverão, eu quero estar presente no presente do que houver e o que for será, ontem foi vírus, hoje é guerra, um dia serão escombros nucleares, debaixo de moribundos olhares …
Somos uma ilusão, somos enigmas, feitos por medida desmedida, desconsentida, atrapalhada, arquivada, onde cada um não é mais nada…
Inventámos por encomenda, falamos como dá jeito, levamos tudo a peito, no final nem sequer existimos, mas, com muito esforço lá insistimos…
Muitas vezes, chegámos perto da verdade, mas, não é a nossa, então, criamos uma nova ilusão para justificar uma qualquer razão…
Somos mentes doentes, repletas de palavras que se amontoam , nada dizem e o que dizem, não é nada…
Seres errantes, de que vale insistir numa outra forma de existir quando o resultado é sempre o mesmo, a insistência, a indecência e a maledicência….
Colocamos palavras na mente dos outros, debitamos por causa da inércia alheia, em busca de uma verdade inexistente que possa confortar a nossa mente e não, a mente de outra gente…
E, quando não é nada disto, ficámos apáticos como se viver fosse um vácuo, onde também não cabe mais nada, senão, a mente atribulada procurando sempre uma razão para justificar uma qualquer ilusão, ou exactamente mais nada…
Vivemos a vida dos outros, como se da nossa se tratasse, buscando incessantemente explicações para teorias de mentes supostamente vazias que nos iludem e nos fazem viver, não como nós queremos , mas como por eles, é suposto ser…
Ficámos cansados, apostamos na ilusão que com, ou sem razão, fundamenta qualquer explicação…
E assim prosseguimos, não existimos, mas insistimos…
Na desgraça se une o povo, uns mais que outros, dependendo da cultura e posicionamento geográfico de cada um…
Somos feitos da mesma essência, mas não somos todos iguais, porque aprendemos de forma diferente, as coisas que todos temos em comum, e, isso faz de nós diferentes…
Todos queriam fazer mais e melhor, mas, o mais e melhor, não é o mesmo para todos…
“Não faças ao outro o que não queres que te faça a ti“, só que para o outro, eventualmente o que lhe faz bem, a muitos outros faz mal, grande paradoxo…
Por isso, vivemos ou sobrevivemos, tentando nos aproximar do mais igual, do que nos identificamos, e, isso, não é nossa culpa, mas sim, culpa da forma que nos ensinaram e aprendemos, sendo que nem todos aprendem de forma igual…
Existe um je ne sais quoi que nos turva a visão, que nos desiguala, que nos atrofia , e que nos espevita quando o mundo morre de forma visível…
Tempos da nova Era, porque a outra Era, há muito que já era…
Vivemos os últimos capítulos da bíblia, seja qual for a religião, pois que, todas elas convergem.
Os livros históricos, tal como a história, nunca se enganam, vivemos em círculos e em ciclos viciosos e neles, aparecem demónios que têm o dom de dar um significado diferente à esperança e a outras palavras boas.
Fomos colocados neste planeta, fizemos dele o que ele é, uns com poder outros sem ele, mas todos trabalhando para os mesmos PODEROSOS e muitas vezes (senão a maioria) os alimentamos, e eles sabem bem como o fazer.
Fazem de nós gato sapato, colocam-nos uns contra os outros, fazem guerras por contratação e subcontratação, e lixam-nos sempre.
Damos o corpo a balas e guerras por eles inventadas, submetem-nos a estados de alma que o ser humano não conhece, e assim nos sentimos perdidos dentro de nós mesmos.
Buscamos soluções e razões que não temos, “enforcamos ” pessoas que não sabemos o que realmente pensam e são, porque somos uma “máquina” muito imperfeita.
Estão a afastar-nos da nossa essência, eles, os PODEROSOS, jogam como se estivessem numa qualquer batalha naval, ou monopólio, a ver quem fica com os melhores terrenos.
E, Eles, também somos todos nós, apenas não somos poderosos como os que nasceram com o poder e/ou os que se venderem por ele.
Estamos à porta do abismo, ao que parece, todos com razão mas, amanhã não vai estar cá ninguém para felicitar quem a teve, quiçá, uma meia dúzia, estará em outro planeta, aconchegados, ou mesmo em bunkers de luxo, onde não faltará nada para satisfazer e saciar, até os desejos mais pecaminosos.
Só queríamos viver, e até pagar os estúpidos impostos, mas tiraram-nos a vontade de tudo, agora, já só apetece olhar para o ar e esperar que soe o apito final.
” De que vale o homem conquistar o mundo se perde a Alma?” (Lucas)
Eu sei que esta frase do livro mais histórico, não vale de nada para quem não tem alma, porque esses, vivem num mundo paralelo aos demais, onde por vaidade e /ou por necessidade, contribuímos todos um pouco.