No final do dia, Versailles tem sempre outro encanto, já só tem alguns humanos, resta apenas o silêncio de tudo que ainda permanece, e, cada animal ou árvore até agradece…
A paz, a quietude, até a fantasia, transporta uma calma que de outra forma seria inimaginável, e isso é muito saudável…
Se o paraíso existe?
Claro que sim, este parque é a prova viva disso, ouvem-se todas as verdades da nossa cabeça, ouvem-se todas a verdades que não falam, que não verbalizam, mas, estão lá, basta estar só um pouco atento, deixar levar-se pelo vento ou brisa que corre dentro…
Tem encantos e recantos que nos fazem sair da realidade, tem tanta mas tanta vegetação que com ela nos perdemos para rapidamente nos encontrarmos, mas, em outro estado e alma muito mais avançado…
O paraíso está na Terra, só temos que o procurar, entender, e, deixar levar…
Tudo que aqui fazemos, aqui pagamos, se fizemos bem ou fizermos mal, o universo encarrega-se de colocar cada um, no devido lugar, e este, é o meu preferido, mesmo se por vezes parece não fazer sentido…
Não me cansarei de o ver, rever, absorver, idolatrar, porque como este lugar, não sei onde poderei encontrar…
Conheço cada planta, cada ninho, cada flor, cada silêncio, em tudo me revejo, e tudo me faço presente neste paraíso não perdido…
“Dussopt insistiu que a reforma responde à necessidade de restabelecer o “equilíbrio financeiro” do sistema público de pensões.”
Eles são umas sanguessugas, onde o povo já não tem mais força…
Nem a determinação do povo francês, impediu que a lei caísse por terra …
“Para estabelecer o equilíbrio “ dizem, qual equilíbrio?
Bem vistas as coisas, 64 anos, até nem é assim uma idade tão avançada, até porque a esperança de vida aumentou.
O grande problema (que até é mundial) é que aumenta tudo, menos a retribuição do esforço de um povo, dividido por “cores” que lhes permite a eles (elites) fazerem o que querem…
E assim, pacificamente ou atribuladamente, nos vão ganhando pela força eles e pelo nosso cansaço…
Em Portugal, temos uma idade de reforma de 66 anos e 4 meses, portanto, menos dois anos e 4 meses que em frança, mas, ninguém se manifesta, muitos, até nem sabem, e aparentemente está tudo bem…
Eles (elites), precisam desesperadamente do povo, os que correm pela fome, porque representam os milhares de milhões que os sustentam.
• Pandemia em 2020 (quiçá fabricada para camuflar a podridão dos bancos), pandemia, esta, que permitiu que eles (elites) ganhassem milhões de milhões, e simultaneamente nos habituassem a um novo paradigma de trabalho (ou falta dele), e uma grande debilidade/instabilidade emocional/económica.
• Depois, não satisfeitos, enfiaram-nos com uma guerra, onde diariamente saem dos cofres da EU, triliões de €, vamos percebendo pouco a pouco, o desespero de nos fazerem trabalhar mais e mais e mais ….
• Como se não bastasse, “oferecem-nos” mais uma crise económica, e mais uma vez, provocada pelos bancos, que fingem que têm dinheiro mas, apenas têm uns números escritos em écrans, tudo é virtual e não os define, nem nos define, já que na verdade, não somos nada e eles (elites) coisa nenhuma, a diferença é que eles (elites) estão em cruzeiros , o resto, está em jangadas mal amanhadas…
Desta vez, a “revolução francesa”, não ganhou, e perdeu para a imposição de um artigo 49.3, que permite decidir por força maior , mesmo sem maioria (a isto chama-se ditadura) …
Porque escrevo sobre isto, se nem é o meu país de morada?
1. Porque sim, porque sou habitante deste planeta! 2. Porque não interessa (aparentemente) 3. Porque a Europa é o espelho do que vai ser Portugal “dos pequeninos”, daqui a uns tempos, agora trabalhamos até 66,4 meses, daqui para a frente, talvez de andarilho:/ 4. Porque está tudo do avesso, as “vespas” estão malucas e picam em quem estiver “à mão de semear”…
Finalizando, tudo seria até aceitável, se não fossemos todos os dias “presenteados” com piratas execráveis, ávidos de dinheiro e poder, depois , temos os paus mandados, os que são ameaçados, os que devem favores, os simulados, etc, que ajudam a esta “festa toda” …
Nada é que se nos apresenta, cabe a cada um, com a sua inteligência e sabedoria, filtrar e usar a lógica, sem interferências de cores políticas, ainda assim, sou super hiper mega cética , portanto, chamaria a tudo isto (da análise lógica individual) a missão impossível do ser humano…
Somos a última geração lúcida, antes do apocalipse tecnológico…
Só nós, os mais avançados na idade, podemos escrever a história porque a vivemos na pele, e por isso, temos de deixar arquivado num bunker até que as novas gerações, saturadas com a overdose tecnológica, sintam vontade de desenterrá-las e assim, aprenderem tudo de novo…
Falta pouco , até la , ainda vamos viver e ver muito, uns resistirão, outros não aguentarão e assim definharemos uns poucos, novos e velhos…
Poder-se-ia dizer que esta era, pertence aos grupos que dominam a tecnologia, e é verdade, mas, tudo tem um fim, este é só mais um , depois, virá um outro princípio …
O mundo roda e roda e não sai disto …
Os registos estão lá, mas, cada geração pensa que pode fazer diferente , até perceber de novo, que é igual a toda a gente …
Tudo que supostamente era vida, de repente deixa de o ser!
Tudo se reinventa, de forma mais ou menos, ou rápida e lenta!
São paradoxos das vivências, bem ou mal experienciadas!
Quem declara o bem ou o mal vivida, é uma qualquer circunstância da vida!
Essa que se muta de um segundo para o outro, e nos coloca em zonas desconhecidas, por vezes bem aguerridas!
E, continua no seu caminhar, lento e rápido, e nós, continuamos no nosso marca passo!
Devagar ou acelerado, sempre queremos chegar a um qualquer lado!
Muitas vezes, não queremos coisa nenhuma, apenas queremos que o tempo faça uma pausa, para nos lembramos que existe vida dentro da própria vida, muito diferente da já vivida!
E por isso, nos cansamos, por paradoxos por nós inventados, por circunstâncias criadas para classificar, o que por vezes nem nome temos para lhe dar!
Diríamos que confusão, assumimos que sim e outras que não, mas, a mente não para, buscando incessantemente justificações param situações, que delas, nada carecem por serem inconstantes e mutantes!
Por isso, comumente dizemos que o tempo passa a correr!
Ilusões da mente, que se fixa em determinados pressupostos, preferindo estacionar, e deixar a vida paralela andar, como se fossem dissociáveis!
Mas, não são, são apenas bocados de tempo, com tédio, alegria, tristeza, euforia, ricos ou pobres, e, insatisfeitos ou satisfeitos continuamos, pois que, a vida não para, as circunstâncias é que mudam e para sempre, serão elas e nós, e nós com elas, justificamos os assuntos que não controlamos!
E assim seguimos em frente, pensando serem tempos diferentes, mas não são, somos apenas nós a caminhar caminhos desconhecidos inventados, calculados, e outros já vividos no passado…
São estes, os outros tempos, que daqui a pouco tempo, já não serão mais nada também !
Os tempos , estes, não são diferentes de outros ido ou vindouros, são apenas tempo e mais tempo, multiplicado, dividido, somado e subtraído…
Parecem os tempos medievais, com pessoas e acções que mais parecem a idade das trevas, num mundo dito civilizado por zombies do passado!
Nem sempre apetece escrever o bonito e o belo, apetece também escrever, o que está sempre a acontecer, ou seja, nada de nada, e muito de coisa nenhuma, que nos entope, encharca, e nos remete para uma ignorância saloia, por falta de olhares que olham, ouvidos que ouvem e corações que sentem, sem necessitar estar presente, nestes tempos medievais e outros que tais…
Fazemos parte deste bolo imenso, em que somos espezinhados, mal tratados, e dependo do ponto de vista, parece estar tudo bem, mas não, está tudo virado do avesso, mesmo se parece bonito e evoluído, na verdade é tudo mais do mesmo e sem sentido…
São estes, os outros tempos, os que de nós dependem e nós dele, nada fazemos porque dele, nada entendemos…