É um tempo sem mais tempo
Com tudo que não dá alento
Como se faz?
Vive-se por fora?
Ou morres-se por dentro?
Não pensemos em fazer, façamos
Não vivamos só por fora
Nem morramos por dentro
São tempos sem mais tempo
Vamos mergulhar em nós mesmos
Verão que não somos tão pequenos
Adormeci com tempo
Dormir com todo o ele
Sonhei que não queria tempo
Mas aqui estou e neste momento
Com todo o tempo que quiser
Faça eu o que fizer
Afinal existe tempo
Tempo talvez sem alento
A mim ME cabe mudar
Este tempo sem mais tempo
Que nunca vai acabar
Albertina Correia