Vida que clama por frestas de janelas
Que olham e resguardam nosso mundo
Do pára peito endurecido
Por dias de displicência
Revoltosos por não poder fazer
Outras vidas acontecer
Ali fica o peso da imortalidade
Que finge e esfinge
Estáctico movimentado
Pensando o mundo no avesso
De multi-sentidos cruzados
Em para peitos esvaziados
Agora que a hora é
Do pára peito ao declínio
Fica hirta e segura
O avesso do destino
São estes avessos trajados
De vidas escorregadias
Penduradas em ondas soltas
Que na imortalidade
Contemplam nossa vaidade
Assim é vida
Que clama por frestas de janelas
Por dias de displicência
Revoltosos por não poder fazer
De uma outra forma acontecer…
(Folhas soltas)
Albertina Correia
30/08/2014