Sem imaginação
Sem adereços
E com presunção
Assim são os dias
Que nos consomem
Destroem
Nos iludem
E nos revolvem
Querem-nos sem imaginação
Esse dias de presunção
Que por não serem mais
Querem-nos a nós mais iguais
Estou fora
De dias com tempo marcado
Com presunção por todo o lado…
Quero colocar adereços
Até naquela viela
Que não parecendo
É de todas a mais bela…
Assim vai o meu tempo
Com imaginação
Adereços
E um pouco de presunção
Não quero ser consumida
Muito menos revolvida…
Este sim é o meu tempo
Sem tempo nenhum
Que não seja
O de poder sempre
Imaginar mais algum…
(estados de alma)
Albertina Correia