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Deixei verter
A essência que há em mim
Escorregou pelos bancos de jardim
Foi ter aos afluentes, rios e afim
E Finalmente foi desaguar ao mar
Plantar-se em todo o lugar
Serviu de baloiço às sereias
De carruagem ao vento
E de traição ao tempo
Esqueceu-se do mundo
Das horas do dia e da noite
Deixou-se balançar
Com o suave empurrar
Das sereias a par e par
Não quis saber de caminhos
Porque o vento a levou no tempo
Sem pressa e sem demora
Lentamente dali para fora
A essência vertida
Fez a passadeira da vida
Da minha vida
Da minha paz
Da minha quietude
E da minha solitude
Puxou as rédeas
Montou no tempo
Esperou pelo vento
E rumou ao firmamento…

04/01/2015
Albertina Correia