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Tenho vontade de um tudo
Que esvazia o coração
Dá voltas à minha cabeça
E arrelia minha convicção
Não sei do que falo e penso
Nem da vontade que trago
É um vazio imenso
De um tudo complicado
Coisas da alma e da mente
Da imaginação e suposições
De cargas acumuladas
De mentes bem perturbadas
Que não sendo têm que ser
Que não fazendo devem fazer
Que não estando devem estar
Com a mente bem certinha
Para viver neste lugar
Onde todos fazem de conta
E o que conta é a aparência
E em verdade se diz e faz
Tudo o que não se precisa fazer
Mas está montada a forma
Para à forma se pertencer…
Terei que contrariar
Agora não me apetece pensar
Amanha será outro dia
E com a mente mais vazia
Pensarei o melhor jeito
De resolver tudo a preceito…

Albertina Correia

21/04/2015