Entrei pelo mundo dentro
E, sentada fiquei à espera do tempo
Enquanto por ele esperava
Abraçava o mundo e cantava
Melodia inaudível
Que trazia de longe no silêncio
Notas soltas que marcavam o tempo
Enquanto o outro tempo tardava
De longe virá mas não mais cá chegava
De repente o vento me abraçou
Segredou-me que ele queria descansar
Por não saber o que aqui ia encontrar
Enquanto isso
Eu e o vento, rebolamos pela montanha
Pintamos de verde esperança o nosso abraço que dança
Feliz deitei-me no chão
Ele deu-me a mão
De novo me abraçou e dali para fora me levou
E assim fomos em busca de outro tempo
O que passou já não é
O que virá, poderá nem ser
Então façamos o agora juntos
Eu o vento e este precioso tempo…
Albertina Correia