Sexo, pois é, sexo esse que é encontrado no imediato, que não pensa, age de forma inconsciente, e pode deixar má ressaca.
O corpo se baralha num mesclado de suposições, para aliviar a tensão de momentos, quiçá também da confusão…
Mas o amor, há o Amor, esse que tudo pede , tudo dá, tudo entende, mesmo quando tudo está aparentemente ausente…
As mãos, não sabendo, vão escorregando por todo o caminho, e devagarinho vão tacteando o que vão encontrando…
Há, o rosto, esse que fecha o olhar serra os lábios, e se deixa deslizar enquanto a musica não acabar…
A musica, essa musica, que toca sem se ouvir, as notas saem soltas, vão contra tudo que encontram e explodem numa sinfonia cheia de aroma prazer e harmonia…
Há, essa harmonia, que não está de acordo com nada que é suposto, são os olhares em contra mão, e a mão escorregando pelo corpo deitado, exausto mas não cansado…
Assim é o amor, que tudo pode, tudo entende, tudo dá, sem nada pedir que não seja a medida exacta da dose aparentemente abstracta…
A mulher e o seu Mundo
Albertina Correia