Os mundos que somos, são aqueles que inventamos…
Como se não bastasse o que temos, ainda fazemos nascer outros.
O mundo do virtual está a avançar de uma forma avassaladora e assustadora, e ninguém, pelo menos os mais velhos, estão a dar por isso.
É o mundo dos likes e das selfies, dos canais youtube etc, para tudo e mais alguma coisa, e, para eles mais que normal, aliás quem não o faz é retrograda, dizem….tem o valor que tem…
O paradigma há muito que mudou, mas ainda ninguém o está a estudar de verdade, para tomar medidas , se é que vão dar tempo de as aplicar…
Não me refiro ao facebook, porque esse, há muito está ultrapassado, só serve de passerelle , embora já ninguém veja o desfile, e lá vão dando likes ou pontos , mas ninguém ganha nada…
Tenho tanto para dizer e não me apetece dizer mais nada
Vagueio sozinha pelo pensamento que me vai dentro
Faço acrobacias para perceber esta nova forma de viver
Apenas porque não gosto, mas como estou aqui aqui tenho que Ser
Os pensamentos são só nossos
Ninguém nos pode ajudar a entender, até porque pensar faz doer
E hoje já anda tudo doente, e nem sequer é por pensar intensamente
Vive-se um tempo tão autista, que já ninguém sente nem mente
Por já nem sequer saber a diferença entre falar e pensar…
E assim o pensamento fica arquivado lá dentro
Lá dentro é um poço sem fundo
Onde nos afogamos por coisas parvas que inventamos…
Eu e o mundo
Correia, A (2016), Eu e o Mundo. Lisboa:Chiado Editora