Hoje, a minha estrada estava manchada, com rosa avermelhado, não, não era disso, eram as pétalas tombantes, que abraçavam o vento, e se debruçavam no chão…
Hoje, o dia era como outro qualquer, apenas com pormenores de grande valor, que me fazem gastar mais tempo até chegar a casa…
Preciso de saborear cada pedaço de sua mudança, deste tempo sem esperança…
Refugio-me na objectiva de uma máquina fotográfica, que quer captar todas as delícias, com receio que tudo termine num segundo, e, como se isso as fosse colocar na eternidade…
Claro que não, são apenas fotos, que registam e imprimem, o que a mente apenas retém…
E, porque estes são tempo conturbados, debruço-me sobre estados de alma, refúgio-me em tons, aromas da estação, e finjo que não existe mundo lá fora, apenas o meu, por onde passo todos os dias, e em cada dia, tem sempre mais um apontamento diferente…
Não sou alienada, mas quero me alienar do que se está a passar…
Igoista? Talvez sim, ou talvez não, depende de quem achar, cá por mim, estou bem assim…
Choveu, amanhã irei encontrar a minha estrada, agora quiçá mais lavada, não que eu quisesse, mas porque a chuva assim o faz, sem perguntar, e até vem a calhar, precisamos de água para regar…
Nao tem problema, porque as horas correm, o tempo passa, florescem derramam-se, e renovam-se, tudo em silêncio, neste mundo de surdos, ofuscados, ego-istas, depravador etc etc…
Fica a minha estrada, pintada de tons rosa avermelhado, silenciosa e misteriosa, que é cúmplice de uma máquina fotográfica, que regista cada segundo, deste meu caminho e mundo…
EU E MUNDO
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