Por vezes é complicado gerir uma forte emoção, porque ela raramente provém da razão.

E quando não vem da razão, mas da especulação própria, fica difícil manter o alinhamento, então, é normal que se navegue à vista, e se umas vezes a coisa até sai bem, por ordem do destino, já na maioria das vezes, acaba sempre em náufrago.

Entao, naufragamos sem noção do perigo a que nos expusemos , tal a vontade de rasgar o vento, derrubar o tempo, ultrapassar barreiras e limites, em busca de um pouco de sol, e, com isso, acaba-se queimado, ensopado, e arrasado…

As emoções são mesmo assim, quanto mais fortes, mais descontroladas, pensa-se o que não se quer, diz-se o que é suposto não dizer, contradiz-se sem jeito, porque a tramada da emoção quase nunca tem razão…

Quando não somos donos de fortes emoções,  corremos o risco de ser rotulados de frios, calculistas, insensíveis, materialistas e racionais demais…

Nem tanto ao mar nem tanto à terra, equilíbrio é sempre o ordem do dia, afastar do que nos faz mal e não se entende no momento muito bem, nunca fez mal a ninguém, antes pelo contrário, mas é preciso sair do abismo da emoção, e deixar passar a razão, na dúvida de tudo isto, que impere o Silêncio, esse que resolve as mais problemáticas das situações…

A razão precisa apenas de uma pequena dose de emoção, já a emoção,  precisa da razão em peso…

 

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