De noite, na penumbra, alvorada ou de madrugada
Tudo se passa, e nos trespassa
Por vezes, muitas, até rimos mesmo sem graça
Outras, corremos pela noite dentro
Confundimos os assuntos no tempo
Afogamo-nos em questões sem sentido
Para no final fazer de novo o caminho
Carregando assuntos que aos poucos nos afundam
Sem sabermos como, ficamos prostrados
Não vislumbramos a saida
Como tal, corremos sem fim à vista
A calçada, outrora airosa, fica carregada
Só de ouvir a mente calada…
Ainda assim, e apesar de tudo
Sempre sonhamos com uma saída
Sempre esperamos que o universo faça o que é certo
Porque o tempo urge
E nós com ele
Hoje não regresso
Fico no caminho incerto
Talvez o acaso, me traga uma nova madrugada
E como a esperança é a última a morrer
Vou prendê-la bem junto de mim,
Para ela de mim não se perder….
EU E O MUNDO