Transbordas de palavras
Afogas-te em pensamentos
Escreves coisas sem nexo
E sem nexo apagas por excesso…
Gritas dentro de um corpo preso
Palavras que ninguém ouve
Colocas em papel
Eternizas o que silenciosamente gritas
Ficas desolado e depois apagas
Como forma de esquecer o que já não queres ler…
Ficas amorfo
Desiludido cansado e introvertido
Dentro de um corpo preso no tempo
Por causa de outro tempo que dentro de ti está escondido…
E caminhas, ora certo ora desorientado
Por vezes, muitas, extremamente cansado
E não sabes o que escreves
Porque o momento que grita dentro
Extravasa, enlouquece o teu pensamento…
depois vem o dia seguinte
Uma página nova para escrever
Será que outra vez palavras sem sentido?
Por certo tudo está correcto
E eu interpreto de forma ligeira
O que na certeza não se descodifica mas  é simplista…

O MEU OUTRO EU