Quanto tudo era simples, o tempo pedia-nos permissão para avançar…
Passar mais ou menos devagar, dependia exclusivamente de nós…
Entretanto, baralhamos o tudo, porque lhe demos mais do que ele suporta, para fazer em pouco tempo, ou no tempo que necessita…
Resultado, o nosso tempo anda exausto, frustrado, por não ter tempo para coisa nenhuma, como se não fosse bastante, embrulha-nos nele, inventa mais tempo, que acaba por nunca dar para mais nada…
Ele e nós, nós e ele, já não nos sintonizamos, empurramos para o tempo, culpa que o tempo não tem…
Antes era simples, o tempo pedia-nos permissão para a avançar, hoje somos nós que pedimos para ele abrandar…
Albertina Correia
- 24/04/2018