Sento-me debaixo daquela árvore
Que parecendo morta
Vive uma vida inteira
Suportando a vida de outra maneira
Já não é a vida dela
Nem raízes deve ter
São quem nela se pendura
Lhe susurra
A cobrem de outra verdura
E a fazem parecer ter vida pura
Continua fantástica
Como fantástica é a natureza
Que se envolve , revolve, cresce e floresce
Cumprindo cada ciclo
A árvore permanece intacta
Coberta em cada primavera
De ramos que não lhe pertencem
Mas que ela acolhe livremente
Do livro Silêncio