Queria estar longe do mundo

Olhar de cima, para o seu fundo

Pois o seu fundo, é um imenso armazém

De todos e de ninguém!

Lá encontra-se um pouco de tudo

Passado, presente e futuro…

Assuntos de outras eras, outras gentes

Outras cidades e outras realidades!

Seria maravilhoso ordenar-lhe para parar

Para nos deixar respirar

Podendo assim, continuar nossa caminhada

Por esta ou por aquela calçada

Livre de tudo e de todos que nos aborrecem

Que não nos esclarecem

Que não estão no mesmo alinhamento

E assim seguimos já sem discernimento…

O de saber e não poder

O de poder e nada fazer…

Estamos encurralados nos próprios movimentos

Por nós, por vós e por eles

E assim seguimos já quase sem esperança

Porque até ela, já está cansada de tanta palhaçada!

OS ANOS LOUCOS DO SEC XXI