
Todos os dias, passo por debaixo daquele terraço…
Em cima, no alpendre
Está sempre um Senhor de idade, parado no tempo
Querendo buscar mais dele
E dele, já só vê a sua fuga, sentado
E sentado, olha e o absorve juntando-o um pouco mais
Ao todo, que já faz parte de seu passado…
Nada mais lhe restará que olhar o tempo que tem pela frente
Relembrando quiçá, o que já cá não está…
Sempre lhe dou a saudações matinais
Ainda que não me conheça, e eu não o conheça
Pode ser que aquele bocado de tempo
Aquele correspondido acenar espontâneo
Lhe faça reviver neste momento algum outro já passado…
OS ANOS TERRIVELMENTE LOUCOS DO SEC XXI