A mulher não é um ser inferior, nunca poderá ser, mas, por força da imposição cultural masculina, vai sendo todos os dias, mais um pouco inferiorizada…

E nós, as mulheres, deixamos, vá-se lá saber o real porquê!…

Ouvi hoje e oiço todos os dias, que é difícil a mulher se impor no mercado empresarial, em postos que supostamente são masculinos, e que essa, é uma realidade que ninguém pode negar, e é….

Há muito que deixei para trás, estas questões de género, por achar que não vale mesmo a pena, porque, quem pode mudar não as muda, e as questões lá se vão intensificando…

Quanto mais problemas existem no mundo, “mais, direitos perdem as mulheres”, direitos das mulheres, note-se, nunca ouvi falar em direitos dos homens, porque eles, não precisam, tudo gira em seu redor, tudo foi construído em função deles…

Inventam-se quotas para impor uma igualdade desigual, quando se deveria primar pela competência de cada um, as poucas que se destacam no mundo, normalmente são as mártires, as herdeiras de grandes fortunas, ou empresas, por consequência, “respeitadas” pelos homens, não pelo lugar que ocupam, mas sim, pelos milhões que auferem, não obstante, a maioria delas, quando nestes cargos, assumirem uma postura mais masculinizada, seja por força das circunstâncias, ou por força do inconsciente…

É um mundo ao contrário, são pensamentos obsoletos que não conseguem singrar no tempo, seja por inércia das mulheres, ou, por imposição camuflada dos homens…

Por vezes, sinto-me pré histórica, não por ser mulher, mas, por haver tanta energia masculina no mundo laboral que deveria ser de todos por e com direito …

Nunca uma causa venceu, tendo na luta apenas um dos lados, nesta luta, o factor homem, é primordial mas, não lhes interessa, e parece também não interessar ao género feminino, acho que já não sabem viver de outra forma, tantas são as crenças enraizadas, autênticas teias mentais geneticamente formatadas, para continuarmos sempre em, no mais do mesmo, e nesse mais do mesmo, está incluído também, a perda de direitos adquiridos como uma jogo de Ping Pong…

Para quando uma revolução feminina? Nunca…

Nada mais resta que esperar, não se sabe bem o quê, e neste intervalo, ser eternamente a sombra do homem que progride ou mesmo do homem que é bandido…

Estamos ao lado para tudo, mas nunca no papel principal com percentagens de 50 50%…

Vejo homens fartos de mulheres, vejo mulheres fartas de homens e no entanto, nada muda…

Somos um mundo ao contrário, onde tudo que penso faz sentido, e o sentido que tem, não leva a lado nenhum…

No final de contas, adormeço e acordo sempre mulher, não inferiorizada, mas com sentimento e saber, que tudo poderia ser diferente se houvesse um sentimento coletivo em torno da mesma vontade…

Desabafos minimalistas de quem muito teria para dizer, consciente que a muito poucos interessa !…

OS TEMPOS DE SEMPRE