Todos nós somos ninguém
Formatados para ser alguém
Presos a conceitos sem preceitos
Com formatos (des) equilibrados
Nos momentos que atravessamos
Somos produtos de nós mesmos
Para fugir da origem
Atarefados para ser alguém
Mesmo que isso signifique
De facto não ser ninguém
Mas ninguém, também pensou
Que formatados seriamos alguém
Apenas ficou por esclarecer
Que só é formatado
Aquele que à forma quer pertencer
Formatados seguem em frente
Neste mundo repleto de gente
Que por estarem formatados
Não conseguem sair da lata
Porque estão demais enlatados
Sao todos empacotados
E enviados para o terreno
Com formatos desformatados
Pensam que são alguém
Em mundo que é de NINGUÉM
Albertina Correia