Setembro de saudades
De tempos no tempo
Tempestivamente calculados
Por desvarios desvairados
Ai setembro setembro
Que de ti já pouco lembro
Esse pouco que transborda
E sai pela estrada fora
Encontra-se com a chuva
Que a medo e de rompante
Manda entrar o outono
Que carrega consigo
Quantidades de folhas soltas
Escritas de uma só vez
Num verão que teve tudo
E de tudo nada fez…
Ai setembro dos amores
Dos encontros e desencontros
Das folhas tu nada sabes
Agora estão arquivadas
Ate a um próximo verão
Que bem pode ser este Outono
Disfarçado de sedução …
(Folhas soltas)
17/09/2014
Em tempos de disfarce do tempo, que o outono se refaça nas recordações das folhas. É tempo de o tempo se deixar de disfarces, para isso já bastou o verão. A sedução, arquivada ou não, terá sempre estação conforme. Até o inverno, casto ou temporão, chorará os desvarios de estações atravancadas de máscaras.
Pois é , sempre controversos estes meus temas, levados à letra, como convém , por desvarios desvairados, que por vezes dão maus resultados…
Mas como quem escreve , nunca escreve como quem lê, e quem lê nunca lê como quem escreveu, espalhe-se mais folhas soltas, afinal poesia despoetizada, ou escritos que nao dizem nada, mais valia estivessem guardados nos relicários das emoções, de quem as nao têm, e fingem que sim….
Vamos em frente, porque a sguir vem inverno… Esse que acalma e da aconchego à alma…