Vida

Não sou ninguém

E não posso ser mais

De  tudo que não sou…

Estou esgotada, de nada

Da vida cansada

Pesada e saturada…

Ainda assim

E querendo um mundo só para mim

Acordo cada dia

Acreditando que será diferente

Com vocês ou solitariamente…

Coisas próprias da vida

Seja bem ou mal gerida

Tendo noção que nada sou

Que não pertenço a ninguém

E não querendo ser mais alguém

Vivo apenas como sei

Dou-me como julgo

Aceitem ou não

Não tenho outra razão

Para mudar minha intenção

Por não percepcionar

Como terei que fazer

Para de outra forma

Fazer acontecer

E a vivência fazer coincidir

Nesta vida do fingir…

(estados de alma)

Albertina Correia

13/12/2014