VI
E de amar fala o poema
Esse que tantas vezes é deixado ao acaso
Ou por não ser correspondido
Ou por não saber ser vivido…
Amam-se com palavras
Sentidas e pesadas
Fundem-se e confundem-se
Laçam-se e entrelaçam-se
Fazendo esquecer o tempo
A verdade e a vaidade
Unem-se sem preconceitos
Amam-se sem “respeito”
Beijam-se tocam-se
Fundem-se e confortam-se
Ai esse amor de poema
Que dilacera o coração
Por não saber ou não ter
Como a ele chegar sem se magoar
Mas amor de poemas é assim mesmo
Pode amar sem magoar
Ouvir sem perdoar
Amar amar amar
Ate virar o mundo de pernas para o ar…
(In: Poemas)
Albertina Correia