poemas12

VI

E de amar fala o poema

Esse que tantas vezes é deixado ao acaso

Ou por não ser correspondido

Ou por não saber ser vivido…

Amam-se com palavras

Sentidas e pesadas

Fundem-se e confundem-se

Laçam-se e entrelaçam-se

Fazendo esquecer o tempo

A verdade e a vaidade

Unem-se sem preconceitos

Amam-se sem “respeito”

Beijam-se tocam-se

Fundem-se e confortam-se

Ai esse amor de poema

Que dilacera o coração

Por não saber ou não ter

Como a ele chegar sem se magoar

Mas amor de poemas é assim mesmo

Pode amar sem magoar

Ouvir sem perdoar

Amar amar amar

Ate virar o mundo de pernas para o ar…

(In: Poemas)

Albertina Correia