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Vou fundo nas palavras, não me calo nos pensamentos, escrevo para equilibrar o que existe, e  persiste, sem medos nem preconceitos…

As teclas estão gastas, já quase não se vêm os “A’s” e os “I’s”, entre outras, contudo, escrevo , imaginando  enchentes de palavras que jorram discursos directos, tentando que façam sentido, onde o sentido já se perdeu.

Ainda assim, não sossego, escrevo, dedilho, emendo, palavras e frases infinitas, de coisas que não se lêem, mas que para mim  são pertinentes.

E, quando deixar de escrever, é porque deixei de pensar,  de me importar, e, quando se deixa de pensar e de se importar está-se “morto”…

Então, para quem lê, e para quem não lê, mas sobretudo para mim, as palavras são a minha “moeda” de troca, entre o meu estado explosivo pelo meu estado de equilíbrio.

Até que as teclas se gastem, que as vogais e consoantes não me ignorem, vou sempre escrever alguma coisa, e quando nada virem, procurem por mim, porque provavelmente andarei por outras paragens muito distante destas margens…

Albertina Correia