Em um mundo feito por homens, e para homens, durante séculos e séculos, não restou nada mais que uma pesada herança, em que a sua reversão é penosa…
Parece que foram conseguidos muitos direitos (e até foram), mas o direito maior continua na posse do oposto, sem que ele necessite de fazer nada…
Pois que, pode a mulher conseguir tudo o que quiser e foi conseguindo, muitas vezes por via do inevitável, que só o foi, porque em um ou outro momento estavam dentro de suas lutas, também o género oposto….
Esta “guerra” só é comparável à da escravatura, que também foi conseguida porque brancos lutaram por ela…
Mas mulher, tu ainda está no final da “cadeia alimentar”, porque o homem continua a imperar, e é com o teu “voto” com o teu dedo , com a tua escolha, com a tua educação (pois são as mães que educam os filhos, maioritariamente ), com a tua inveja sobre o teu género, e sobretudo porque é mais fácil derrubar outra mulher, muitas vezes usando o género masculino, tal como, da mesma forma, é fácil manipular um homem, porque no final eles sabem que ela estará sempre do seu lado, e, muitas vezes conta si mesma, ainda assim, nem uma nem outra te fazem jus…
E para viveres (melhor) em sociedade, ou fazes de conta que gostas das mulheres, e de suas atitudes, fazes de conta que o homem é o máximo, e assim continuas anestesiada, mas então, não lutes por uma igualdade de género , se dentro de ti ainda és contra ti mesma, e contra as da tua condição (mulher)…
Pois é, parece um texto feminista, de pessoa mal amada, etc (dirão as bocas do além), mas não, é apenas uma breve reflexão, da minha e vossa condição, onde eu não compactuo seja à esquerda seja à direita, por certo serei uma “anormal”, talvez não esteja no tempo certo, ou terei uma patologia qualquer inventada pelo homem…
-Enquanto me lembrar das atrocidades da igreja sobre as mulheres, não me verão dentro de uma (a menos que seja para admirar a obra arquitectónica) seria compactuar com o diabo…
-Enquanto puder votar, votarei até morrer se for numa mulher tanto melhor (portanto precisamos que a qualidade saia fora da toca)…
Sou feminina, e não feminista, abomino o politicamente correcto (os tais do assim assim), e escrevo o que me apetece como sendo certo (o meu), portanto não me venham falar de desigualdade de género , nos dias de hoje só existe, porque em grande parte a tua ideia de mudança esta direccionada para o lado errado…
Homens, nada contra vocês, os de hoje claro, mas sim, a vossa conduta ou código de honra que vos une, tem séculos e séculos, e, é óptima funciona 5 estrelas, quem sabe um dia as mulheres também o tenham, e, aí sim haverá mais igualdade, de lado a lado respeitando as diferenças, até lá vamos fazendo do tempo mais tempo, pode ser que entretanto venha o tempo certo…
Verborreias mentais de Albertina Correia