Vamos falar de anormalidade
Que talvez seja a falta de verdade
Mas o que é anormal pode ser sempre igual
E nada quer dizer se o normal tiver que ser…
Afinal quem rotula as anormalidades
São outros que se crêem donos da razão
Por acharem que as suas normalidades
Estão repletas de puras verdades
A deles, porque para os outros são o oposto
E a maior parte do tempo sem rosto
Para aceitar que normal é sempre igual
Quando na verdade uma e outra
Andam de mãos dadas por todo o lado
E o que muda são as circunstâncias
De coisas que agora são e amanhã não!!!…
Correia, A. (2016). Silêncio. Lisboa: Chiado Editora