Ouvi dizer que o mundo vai acabar, mas há muito que isso aconteceu aqui mesmo neste lugar.
Vivemos, e a maioria de nós sem fazer o que queremos.
Continuamos de pé, fazendo o que nos ordenam, e sem consciência de que já não o pretendemos.
Sabemos o ser certo ou errado, para desta vida termos o melhor, sem nos ajoelharmos perante monstros que nos tolhem e nós nem replicamos.
A vida precisa ficar vadia, sem conceitos nem pré-conceitos, que nos amarram nos fartam, não nos deixando ser nós, e nós disso estamos fartos.
Então que fazemos?
Fazemos apenas fazendo, viver é muito mais do que está a acontecer…
A tecnologia da informação nos sufoca, e em vez de nos acalmar, deixa-nos mesmo a desnortear.
Desnorteados, corremos para todos os lados, sem saber ao certo , quem certo está ou errado.
É urgente encontrar o caminho de regresso a cada ninho, onde estamos seguros e livres, e ninguém nos intoxica com verborreias diárias, que todos fazem que acreditam, e de faz de conta vão vivendo como se de realidade se tratasse.
Mas eu ouvi com convicção , que o mundo está por um fio, mas não me interessa, pois não quero viver com pressa, já nada podemos fazer, e do que podemos já nada fazemos.
Então a culpa é mesmo nossa, inventamos de tudo e mais alguma coisa, e agora saturados comunicámos sentados , enquanto a vida vadia passeia lá fora, alheia ao nosso autismo transformado em conformismo.
Todos os dias tento estar em modo diferente, de tudo que faz toda a gente, passando muitas vezes por doida, mas eu não me importo, afinal, ouvi dizer que o mundo ia morrer, se assim for, quero ir com ele, sem me arrepender pois que fiz tudo que havia para fazer, sem choros nem lamentos vivi intensamente a minha vida e não a de outra gente.
E viva o universo que faz sempre tudo certo, se ele quiser morrer é porque tinha mesmo que ser.
Hoje é assim, se houver amanhã , então logo se verá!!!…
Eu e o Mundo
Albertina Correia