Fez um ano em Janeiro, mais precisamente em 31 de Janeiro de 2015, que lancei o meu primeiro livro “Folhas Soltas”;
Foi bom, foi gratificante, pelo menos para mim…
Não esperava que tivesse um Bum de vendas, como é normal, pois que , para tal acontecer, nada como uma boa máquina de Marketing atrás, ou pessoas “famosas” a promover… como tal não sucedeu, ainda assim foi da forma que foi, eu mesma, com a minha escrita peculiar que eu não chamo poesia, por não cumprir as suas regras, mas que, é o meu acto pensante de dizer as minhas coisas, e, as que me rodeiam da forma que quero e entendo que seja(m)…
Não, ninguém é obrigado a gostar, a comprar, muitos menos a ler nos meios onde se encontra disponível, pois que, o que eu escrevo, e porque escrevo apenas tem grande serventia para mim, e, para o meu equilíbrio mental, se o outro se identificar e gostar tanto melhor…
De resto, devo salientar que o feedback foi muito bom, ainda bem que algumas pessoas, do meu circulo de círculos que não conheço, o admiraram pela sua frontalidade, pelo conteúdo introspectivo, e principalmente por ser um livro que faz pensar a quem o lê, roçando quase um discurso filosófico… Lá no fundo, todos o somos um pouco…
Afinal, não podemos nem devemos “Dar por certo teorias e ideias, sem que tenhamos vontade de as contestar com a nossa verdade” (Folhas Soltas)…E, foi e é isto, que sempre me proponho a escrever sobre tudo que penso, que me encanta, que me equilibra e que me desnorteia…
Posto isto, e devido também ao meu entusiasmo, de resto em tudo que faço, foi convidada nesse mesmo ano, pela Chiado Editora, a editar um segundo livro, agora de seu nome “Silêncio”;
Ora aqui está um bom exemplar de tudo que nos rodeia, e sobretudo o porquê de se escreverem “poemas” , ou se quisermos, apenas e só de se escrever o que quer que seja…
Um livro, ou a apresentação de um livro, no caso o meu, não é apenas a sua leitura, porque essa fica a cargo de quem a lê, e, pode ter mais ou menos jeito, mas, neste caso, não seria de todo assim, não não, e não, eu queria do meu jeito, teria que ser apresentação do seu conteúdo, de tal forma, que envolvesse as pessoas presentes na sala, numa atmosfera relaxante e pensante, fazendo-as recuar no tempo… E sim, sim e sim, isso foi conseguido e até ultrapassado pena tenho, de não ter tirado a partir do meu lugar fotos para registar os semblantes… Foi Lindo de se ver…
A sala estava cheia, lugares sentados 75, depois houve quem ficasse de pé, ou seja, a sala que era uma “grande” sala, acabou por ficar pequena, ou se quisermos, à mediada de quem lá esteve, porque afinal estiveram as pessoas que de facto lá deveriam estar…
Eu poderia pagar para ter esta ou aquela figura publica presente, e assim potenciar o livro, podia fazer um cem numero de coisas que se fazem hoje em dia, para se alcançar vendas, mas eu prefiro alcançar as pessoas do meu alinhamento , e ter delas a notoriedade correspondente de quem me lê com os olhos e sente com a essência …
A câmara Municipal de Vila do Conde foi incansável, todos quiseram de ou ou de outro jeito intervir neste lançamento, e depois, hó, depois foi o que se viu, desde a decoração da entrada da mesa, ao Porto de honra, ao cenário, aos figurantes, aos actores e actrizes, ao guarda roupa, ao aroma do ar, à maravilhosa harpa que tocou do inicio ao fim sem parar, ao desenhos do livro, ao calçado da época um misto de medieval e séc XV, foi tanto que por mais que escreva será apenas uma um grão de areia de tudo o que se viu…E por Fim a minha amiga Ivone, que alavancou todo este “sonho”…
Há, esqueci-me da fotografia………Pois, não, não me esqueci, como no no anterior livro, acabei por ficar de novo sem as fotos (estas eram maravilhosas) profissionais do teatro e de todo o evento, salvaram-se algumas tiradas com telemóveis, e uma gravação minha, sem grande qualidade, que tudo estou a fazer para recuperar e arranjar, de modo a que possamos de novo nos privilegiar, com as grandiosas interpretações…
Pois é, e se nada é por acaso e se o universo faz sempre tudo certo, então fica a pergunta “QUAL O PROPÓSITO?”
Tenho a certeza, de que ele comigo faz sempre tudo certo, portanto, tenho a certeza que uma dia mais à frente, vou perceber o porquê de não as ter, nem no primeiro livro nem no segundo, estes registos profissionais fotográficos…
Contudo e para finalizar, esteve presente um fotografo “mistério” que fotografou tudo de inicio ao fim, e ninguém sabe quem ele é, eu pensava que era da Câmara , a câmara pensava que era meu, e assim desapareceu…
“Qual o propósito?”
Albertina Correia