Por vezes ficamos vazios de palavras, com vontade de as encontrar, e tantas de tantas vezes , nem sabemos bem por onde andam , nem tão pouco o seu lugar…
Ainda assim, elas fazem parte da vida, da escrita, da vivência e da nossa permanência …
Quando não encontramos os grafismos exactos, para descrever o tempo, a vida e o vento, não estamos vagos, mas plenos sem saber por onde começar, a fim de nenhum pensamento nos poder atrapalhar…
Rebuscamos dentro da mente quieta, sensações, aromas, imagens, e vivenciamos tal como imaginamos…
Por ser tão intenso usa-se ou gasta-se imenso tempo…
Mas, parar é proibido, pois num qualquer caminho da mente, a luz se acende, e de novo voltamos ao papel para registar cada hora e cada segundo do nosso mundo…
Não fora assim, nada saberíamos e nada sentiríamos, mesmo correndo o risco do que, o que registamos, por vezes fique aquém de que vemos e imaginámos…
Mas isso são as nossas visões e ilusões, que andam paredes meias com a realidade, maior parte das vezes se fundem, mas ambas não deixam de ser verdade…
E, é assim, hoje escrevo um pouco mais para mim, se alguém me entender melhor ainda, porque o meu mundo faz parte de todos os mundos, onde nos revemos, amamos e maior parte das vezes vagueamos…
Viagens (2016)
Albertina Correia