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Quem opta por se casar, tem que contar com todos os riscos inerentes, sejam eles bons ou menos bons.

Basta admirarmos uma camiseta, boa ou menos boa, o principio é sempre o mesmo, um botão que penetra na casa, para assim a deixar abotoada, ou não, mas confortável, está sempre em sintonia e harmonia, para o bem estar do todo.

A casa, é sempre do tamanho do botão ou vice versa, quando não o são, as pontas da camiseta nunca estão direitas, ora tomba para um lado, ora tomba para outro, muitas vezes deixando-nos até descompostos, provocando assim desequilíbrios …

Mas, partindo do principio que está tudo harmónico, seja inverno ou seja verão, ela está sempre casada, parte esquerda com a direita da camiseta, e vice versa, e se verificarmos, muitas vezes devido a posições, percebemos por exemplo que um lado pode transpirar mais que outro fazendo por vezes uma mancha incomoda na dita cuja, e não é por isso que se anda apenas com metade da camiseta, estão casadas , LEMBRAM-SE?

Estão ali para o que der e vier, mudam a posição, desabotoam-se se for o caso, mas não se deixam, isto é um casamento  perfeito.

Na vida real não é diferente, quem opta por casar, deve ter isto sempre presente, perceber que umas vezes vai haver “calor ” e ouras “frio” mas as duas partes estão sempre lá, e não podem nem devem contar com remendos, porque os remendos, que não façam parte de uma qualquer moda (goste-se ou não) ficam sempre mal…

Chegados a este ponto, temos que perceber que casar, é mais que voar, que viver, que “morrer“, que trabalhar, que ser e estar, que construir, que chorar, etc, CASAR, é tudo isto mas  no corpo de um só, tal camiseta com as suas casas e seus botões formando o uno

E, quando as coisas não correm assim tão bem, é tal como a camiseta, não vale de nada estendê-la,  bem lavada ou menos bem lavada, no estendal do vizinho, porque o assunto, apenas diz respeito a  um corpo, só que, com duas almas “abotoadas”

Em modo finalização, afirmo que, quando assim não for, ou não se pretenda que seja, então não se case, ou descase-se, não existe melhor sensação do que andar livre, de peito ao vento, ou abotoada de mão dada, não existe intermédio, não existe mesmo, esse, é o faz de conta, o tal politicamente e socialmente correcto…

Existe quem se queira enganar, mas como tudo, isso também tem um prazo de validade…há pois, claro que sim, as camisetas também se gastam e os botões partem !!!… (…)

EU E O MUNDO

Albertina Correia