Hoje estou sentada sobre a minha alvorada

Olhando o infinito, que não é mais que meu nosso sítio

Esse, onde me refugio, escondo e iludo

Que o mundo é tudo, mas sobretudo Surdo

E, sobre a alvorada

De alma molhada

Deixo que escorregue sobre a vida inibida

Que não está, nem me será devolvida

Então,

Afogo-me na ilusão, de querer o mundo na palma da minha mão

Para dar aos que sofrem, vidas e mundos

Liberta de escravos e vagabundos

Choro em silêncio, no espaço e no meu tempo

E não vou gritar

Porque ninguém vai acordar…

(…)

Correia, A. (2016); Silêncio da Chiado Editora

Deposito Legal n 405888/16