Somos seres “inúteis” porque vivemos numa teia mais rebuscada que o pior novelo de lã que serve de brinquedo para um qualquer gato, até ele, nele se consegue perder.
Temos deveres e mais deveres, que deveriam ser apenas deveres e não imposições que acontecem quando alguém resolve ser incompetente e/ou idiota.
Vivemos num estado de “direito”, que de direito apenas têm as pessoas de bem, todo o resto, é uma máquina que trabalha a favor de meia dúzia de cretinos sem escrúpulos, sem formação (note-se que, a formação académica não é para aqui chamada, escrevo sobre formação mesmo, em casa), uns imbecis, que nos sugam até não haver mais.
Vivo numa aldeia em Vila do Conde, que em pleno seculo XXI, não tem saneamento básico.
Contudo, no ano passado, ficaram terminadas as acessibilidades, para que cada utente tenha a sua própria água (canalizada/pública) e esgotos.
Por opção e antecipadamente, comecei a pagar um plano de 60 prestações para pagar o “investimento” que INDAQUA fez, que se vangloria, como se o dinheiro fosse deles, contudo ainda faltam as obras de dentro, para fora da casa.
Estamos a falar de custos na ordem dos 2.500,00 € por casa, só para INDAQUA são na ordem dos 1.600,00 €, conforme o número de assoalhadas (no meu caso 3), depois o valor sobe gradualmente.
Hoje, sou confrontada com uma carta registada, cujo teor, passo a citar, mas apenas o que mais importa/interessa :
– “ A INDAQUA, fez um investimento bastante considerável para fazer chegar a sua casa agua potável e saneamento básico bla bla bla bla bla bla bla bla bla, (…) recordamos que o não cumprimento da obrigatoriedade de ligação ao sistema predial publico, constitui, nos termos do artigo 72.ª nº 2 do já referido decreto lei, uma contra ordenação punível com coima que varia entre 1.500.00 € e 3.740,00€ , no caso de pessoas coletivas uma coima entre 7.500,00 € a 44.890,00 € (…) tratando-se de questões relacionadas com a saúde publica (…) está notificado para no prazo de 30 dias proceder ao cumprimento do aqui exposto (…)”
As minhas perguntas são:
– Numa aldeia, em que maioritariamente as pessoas têm rendimentos pequenos, onde vão buscar dinheiro para fazer as obras, para assim receber a água?
– Só agora passou a ser uma questão de saúde pública?
– Antes cada pessoa tinha o dever de retirar da fossa e despejar em lugar indicado pelos organismos, com custos próprios, agora vem mais uma PPP, dizer que é uma questão de saúde pública, então e quem paga o que ficou para trás?
– Não deveria ser o estado a arcar com estas despesas, já que vai lucrar muito com elas?
– Porque será que administrador da referia PPP foi presidente de camara?
Este estado que me mete NOJO, em si mesmo e nas pessoas que o representem, mais-valia que todos, os que moramos nestas condições, despejássemos os excrementos nas trombas deles.
É apenas mais um desabafo, porque não posso fazer mais nada do que contribuir para estes excrementos da sociedade.
PS: Agua que todos tínhamos, de poços, de furos, etc, e, que alguns também os querem roubar e usar em benefício próprio, agora só servem para regar, caso contrário também fica exposto a multas!!!!
Mas que merda de “justiça/estado” estes que tem olhos de lince para extorquir dinheiro aos contribuintes e são cegos para todo o resto…
Como diz o outro imbecil, bardamerda para todos
Paga Zé povinho, se não tiveres pede emprestado ao Salgado
EU E O MUNDINHO