Por vezes, sentimos uma vontade de nada, de tudo, dos avessos e de ambas…

Por vezes,  sentimos que já não vale a pena, ou que ainda não fizemos o máximo …

Muitas vezes, parecemos perdidos, ansiamos que alguém nos ache, para depois,  não queremos nem uma coisa nem outra…

Mergulhamos em profundidade dentro de nós, tentando perceber qual é este estado que nos coloca em estado de sítio, e tantas vezes nos obriga a saltar para fora de pé…

Queremos parar até o relógio, o tempo, ficar ali, até passar esta vontade de nada e  de tudo, como se o tempo parado,  resolvesse este estado, por vezes desencontrado e outras desesperado …

Depois, damos conta que dependemos exclusivamente de nós, e até os outros de nós dependem, então, ficamos prostrados, quase à beira de um ataque de nervos querendo gritar bem alto, o  turbilhão que transportamos dentro …

Ainda assim, prosseguimos, porque tem sempre o dia seguinte, pode ser que seja melhor, ou pior, ou coisa nenhuma, então que fique a expectativa,  do que talvez possa acontecer…

EU E O MUNDO

Albertina Correia

Outubro de 2011