Não, não vás
Já não existe caminho para caminhar
Todo ele ficou para trás
Terás que o reinventar …
Não, não estejas aqui
Não tem espaço para respirar
Está estrangulado
E acorrentado ao passado…
Vai, vai de uma só vez
Não trilhes caminhos cruzados
Vai apenas pela tua rua
Ignora que ela é só tua…
Não, não pises o risco
Ele separa a verdade da irrealidade
Não confundas o ser com o ter
O passado com o presente
O ir com o voltar
E o adormecer com o despertar…
Definitivamente não venhas
Não existem sequer as pegadas
Impressas no tal caminho
Tu já não as podes ver
Porque já não estas desperto
Terás que as reinventar
Seja em outro caminho
E num futuro despertar…
Albertina Correia
(folhas soltas)
23/08/2014