Vou continuar minha caminhada
Por certo em terra molhada
Em socalcos sombrios
Onde podem nascer até lirios
Enfrentar cada segundo
Da terra molhada do meu mundo
Nunca se sabe quem chega primeiro
O pensamento a acção ou desilusão
Vou continuar com este andar
Porque o mundo
É um poço sem fundo
Onde teimamos mergulhar
Mesmo não sabendo o que tem para dar
Por vezes muitas
Até nos afogamos
Nesses poços que inventamos
Mas continuamos hirtos e convencidos
Que caminhar em terra molhada
É apenas vazamento de mente cansada
Que atira para um poço
E se afunda até ao pescoço
(in: Poemas)