Em tempos idos, e ao abrigo desse teu Deus
Algo aconteceu, seja como viram
Ou seja como alguém assim previu
Não se pode ficar indiferente
Até porque move muita gente
Basta olhar estradas
Pessoas elegantes e pessoas quadradas
Cabem todas nas mesmas ruas
Repletas de pessoas “vestidas” e “nuas”
Buscando fundamento para tanta fé
E lá vão elas nem que seja mesmo a pé
Buscam incessantemente explicações
Para esta fé que move multidões
Eu, não fico indiferente
Observo e penso
Como seria maravilhoso
Se tanto empenho fosse aplicado
Neste mundo vazio e saturado
Mesmo com bolhas nos pés, e, coração a sangrar
A esta gente ninguém os pode parar
São movidos por uma Fé maior
Que não vem de lado nenhum
Que não seja do seu interior
E observo, e, até acho belo
Como se podem exortar as massas
Mexendo apenas os cordelinhos dos cérebros
Fazendo crer que tudo acontece
Quando na verdade o que acontece
Tem sua assinatura
Da forma que você quer e merece
Mas observo cada pedacinho de caminho
De pessoas e suas convicções
E quando existe motivação
As pedras da calçada viram relva
E a relva vira algodão
É uma questão de mentalizar
Até onde a fé os pode levar
Não sou do contra, nem a favor
Sou apenas uma pecadora
Que peca tanto quantas as pedras do caminho
Assumo minha responsabilidade
E até no pecar tenho vaidade
Coisas de ti de mim e de nós
Porque tudo se simplifica
Não importa no que se acredita…
Albertina Correia