Tudo é tão efémero, mas efémero é tudo o que temos
Temos muito de tudo ainda que tudo seja nada
Vivemos à pressa e apressadamente em busca de mais à frente
Deixando para trás tudo que vale a pena e que melhor se faz
Mas é assim o mundo que construímos
Vivemos ou apenas sobrevivemos?
Quero acreditar que vivemos com tudo o que temos
Que por ser tão efémero nos deixa tão vazios
E de cabeça perdida buscamos mil explicações
Do que pensamos serem as nossas razões
Qual razão qual explicação
O mundo é tal e qual, por ser demais desigual
De nada vale pensar que poderia ser de outra forma ou até em outro lugar
Porque isso só de pensar dói
Principalmente quando não vemos mais à frente
Então ficamos doridos, esvaziados, sem sentido
Em um mundo por nós criado ou quem sabe até mesmo inventado
Para colmatar as falhas que a nossa mente não sabe
O nosso subconsciente não admite
E a razão vai solta como um furacão sem saber a direcção
Atropelando tudo e todos fazendo crer que dela depende o nosso viver..
(teorias)
Albertina Correia