Eu não sou homem, é facto, mas atrevo-me a escrever sobre o que ele  é.

Ser homem, é carregar o peso de uma cultura machista que se por um lado, o coloca  na frente do mundo, por outro, tambem o obriga a reprimir emoções, por conta desse peso, não o deixando ser genuíno…

Ser homem, é fingir que é forte, quando na verdade o que lhe apetece fugir…

Ser homem e Pai, é sê-lo da forma que muitos não querem que o seja, mas o é, em nome de uma tradição…

Ser homem, é fingir que muito quer o género oposto, mesmo que muitas vezes, o queira bem longe  de si…

Ser homem, é tramado, não pode nunca ficar calado, é ter a última palavra, mesmo sabendo estar errado, é dar murro na mesa, quando apetecia sentar em cima dela, é tomar aquela atitude aquela decisão, sem qualquer vontade de o fazer, mas, tem o dever de ter que ser…

Ser homem, é carregar um fardo do tamanho do mundo, por conta da cultura que ele mesmo inventou…

Mas ser homem, e encontrar uma mulher idêntica, é o cumulo dos cúmulos, por não saber como estar, como reagir, como interagir, como se fazer notar, apenas por estar do outro lado, uma mulher com a mesma posição, e o peso cultural não o deixar agir num patamar diferente…

E assim, as mulheres se subjugam, se anulam, em prol de uma cultura enquanto os homens, somam e seguem…

Nem contra nem a favor, apenas constatação …

EU E O MUNDO